quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Teu céu, meu mar

Eu cheguei assim como quem olha para o mar, mas sonhando com o céu.
Meu céu ainda era matutino e o sol cegava minha visão
Suas ondas quebravam aos meus pés como que me puxando para conhecer os mistérios do seu mar.
Cantigas de tempos antigos chegavam aos meus ouvidos com o vento que fazia meus cabelos balançarem
Assim eu fui, em parte tentando alcançar o sol, em parte encantada com seus encantos...
Adentrei teu mundo submerso, sua Atlântida caótica de perversos, loucos e santos.
Ali dancei, bebi e me deleitei com os prazeres da sua companhia.
Entreguei-me as profundezas do teu ser, pelos motivos certos e pelos errados também.
A razão não combina com os amantes da terra, imagine com os do mar.
Recebi cauda e guelras para viver no seu mundo azul.
Conheci seu castelo, seu lar. E aceitei a possibilidade de uma corrente te levar para outros mares, afinal só a lua podia decidir onde vamos parar...
E foi assim que descobri sua ânsia pelo impossível.
Cada vez que eu contemplava teu mar, você olhava para o infinito.
Cada vez que eu lhe segurava as mãos, suas escamas me repeliam.
Resolvi olhar para o sol que havia ficado escondido, e aí estavas aos meus pés novamente, assim lhe tive em meus braços mais uma vez.

As turvas luzes do sol já começam a me cegar, e talvez você não brilhe mais como antes quando a noite chegar... Talvez seja hora de buscar nem o céu e nem o mar, mas sim o horizonte infinito dentro de mim.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

E tudo começa aqui.
As respostas não querem ser ouvidas, mas as perguntas precisam ser feitas.
Fugi com todas as forças das tuas redes de intrigas e constrangimento...
Mesmo assim você corre até mim. O que procuras? O que ainda queres por tras dos cachos do meu cabelo?